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Santa Casa da Misericórdia

Santa Casa da Misericórdia

2009-11-04 | Oliveira de Azemeis

“A nossa geração quis dar o melhor às crianças e aos jovens. Sonhámos grandes sonhos para eles. Procurámos dar-lhes os melhores brinquedos, roupas, passeios e escolas. Não
queríamos que eles andassem à chuva, se magoassem nas ruas, se ferissem com os brinquedos caseiros e vivessem as dificuldades pelas quais nós passámos.
Colocámos uma televisão na sala. Alguns pais, com mais recursos, colocaram uma televisão e um computador no quarto de cada filho. Outros preencheram o tempo dos seus filhos com actividades, matriculando-os em cursos de inglês, informática, música.
Tiveram uma excelente intenção, só não sabiam que as crianças precisavam de ter infância, necessitavam de inventar, correr riscos, decepcionar-se, ter tempo para brincar e encantar-se com a vida. Não imaginavam o quanto a criatividade, a felicidade, a ousadia e a segurança do adulto dependiam das matrizes da memória e  da energia emocional da criança. Não compreenderam que a televisão, os brinquedos manufacturados, a Internet e o excesso de actividades bloqueavam a infância dos seus filhos.”
                                                                                                                                                                          In, (Pais Brilhantes, Filhos Fascinantes)

                                                                                                                                                                                              Augusto Cury

 

Estas são as palavras que traduzem a preocupação do corpo docente em relação à excessiva inquietação dos  pais no que concerne à escolaridade dos seus filhos.
Com efeito há já algum tempo que os pais vivem uma enorme ansiedade querendo que os seus filhos saiam do Infantário já a ler e a escrever de modo a que sejam bem sucedidos na escola. Esquecem-se, contudo, de que no Infantário, através de algo que lhes é inato – brincar – eles apreendem o mundo que os rodeia e adquirem as capacidades que os tornarão bem sucedidos na escola.
O nosso Projecto Educativo foi, pois criado, com base nestas premissas. O seu nome é “Brincar, Imaginar e Aprender”. Através deste elaboramos uma série de actividades com vista a esclarecer e ajudar os pais a compreenderem as fases de desenvolvimento dos filhos e como o brincar os ajuda na aquisição de conhecimentos.
Destas actividades destacamos:
A realização de um colóquio sobre a Importância do Brincar cujos oradores foram o professor Nuno Moreira e a professora Filipa Mendes que estão à frente de o Projecto “Gymboree, pioneiro em Portugal no que diz respeito à importância do brincar e dos pais saberem brincar com os filhos. Trabalhamos o tema em todas as datas festivas e organizamos o “Museu do Brinquedo”, para que as crianças pudessem ver os brinquedos com que os pais brincavam e descobrissem o seu encanto.

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